quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Assuntos: Relações Internacionais, Meio Ambiente e Viagem à Rondônia

Comentário da Semana de Gelio Fregapani
Assuntos: Relações Internacionais, 
Meio Ambiente e Viagem à Rondônia


Relações Internacionais

O prestígio da economia brasileira já estava em crescimento antes da crise, mas foi esta que iniciou a mostrar a todos a imensa potencialidade da única nação que tem tudo que precisa em seu próprio território. Ficou claro que o País, mesmo enfrentando dificuldades, assumiu a liderança agrícola mundial. Já mandava no mercado de açúcar, café e tabaco. Agora, graças aos modernos sistemas de produção, passou a dominar na carne bovina, nas aves, na soja, no suco de laranja, sem falar no etanol. Isto é bom, mas riquezas atraem rivalidades e cobiças. Preocupam-se os estrangeiros com a concorrência das safras sucessivas no mesmo ano, da fruticultura deslanchando, da silvicultura dando um show de produtividade, do etanol se impondo. Nem as terríveis barreiras comerciais impedem o País de vencer o jogo da competição rural inter n acional.

Os povos mais industrializados já dependiam de nossos minérios, e tudo indica, dependerão do nosso petróleo. É arriscado ser rico e fraco. Nosso potencial é grande, mas “potencial” sozinho não significa “poder”. Poder é o potencial multiplicado pelo chamado fator “W”, significando a estratégia adequada e o empenho em levá-la adiante. 

Vejamos rapidamente o fator “W” na política externa. No caso, a parceria com a França, parece-nos correta. Submarinos são o único meio de dissuasão que podemos ter no mar. O submarino nuclear, se chegarmos a construir a tempo, só terá poder de dissuasão se for dotado de mísseis nucleares. Claro, os aviões franceses não são os mais adequados, nem tampouco seriam os americanos ou suecos. Os únicos com capacidade de sobrevivência em uma guerra assimétrica seriam os de decolagem e pouso vertical. Os demais serão destruídos no solo em suas bases, talvez no primeiro dia da guerra. Isto não invalida a parceria com a França, que pode abranger a energia nuclear. 

Reconhecemos ao ministro Jobim o mérito de ter envolvido a Sociedade na elaboração da Estratégia Nacional de Defesa, e ao Mangabeira Unger a contribuição com boas idéias. Contudo, é inútil nos prepararmos para a guerra que passou – foi anunciado a compra de 3.000 Urutus modernizados, numa época em que blindados tornaram-se obsoletos face aos mísseis modernos. Deveríamos desenvolver essas armas do presente e não as do passado. Motociclos e mísseis portáteis seria uma boa combinação. Armas manejadas a distância serão indispensáveis em futuro próximo.

O básico mesmo será a posse de armas nucleares. Quem as tiver e meios eficazes de lançá-las, jamais será atacado ou mesmo demasiadamente pressionado. 

Apesar da incrível ingenuidade do nosso governo ao ceder as descabidas exigências bolivianas e a perdoar as dívidas de outros países, reconhecemos como verdadeiras suas declarações quando na visita do Ahmadinejad: "O que a gente espera é que aconteça o melhor, que não tenha arma nuclear no Irã, que não tenha arma nuclear em nenhum país do mundo. Que Estados Unidos desativem as suas, e a Rússia desative as suas. Porque autoridade moral para gente pedir pros outros não terem é a gente também não ter".

Ainda sobre política externa: apesar das justas preocupações de Israel, não há como deixarmos de apoiar o programa nuclear do Irã, pois as pressões americanas sobre o Brasil já iniciaram... “O Brasil deveria dar o exemplo e assinar os novos protocolos (que mantém o apartheid tecnológico)”. Isto significaria renunciar ao desenvolvimento. Entretanto não há justificativa para a nossa posição em Honduras. Se quisermos pautar nossa relações internacionais pela imposição da democracia (ao modelo PT), teríamos que romper com todo o mundo, talvez excetuando a Bolívia.


Meio Ambiente.

I - Aumenta a confusão sobre o Código Florestal. Agenda desastrosa. Ao invés de encontrar soluções, o governo cria novos problemas, deixando o agricultor, duplamente pressionado pelo Ibama e pelo MST, obrigado a prover sua própria segurança, o que não se sabe como terminará.

II - O empenho britânico em manter as florestas tropicais tem objetivo claro: intocadas obstaculizar o desenvolvimento socioeconômico das vastas regiões onde elas estão localizadas, mantendo a Amazônia subpovoada, isolada e retalhada por dezenas de territórios indígenas em busca de "autonomia". como uma imensa reserva de recursos naturais, A política de "desmatamento evitado" promovida por Londres deve ser chamada pelo que realmente é: desenvolvimento evitado.

III - Excesso de entraves . As vezes o Lula tem razão. Comentou que vai apresentar "um relatorio de coisas absurdas" que motivaram paralisações de várias obras federais. Citou como exemplo o "caso da machadinha". Uma pessoa achou uma pedra parecida com um machadinho indígena, e isto causou a paralisação de uma das obras do São Francisco por nove meses. Depois, ficou constatado que aquilo era só uma pedra comum. Neste quadro caótico é coerente acreditar nas notícias de que por causa dos bagres a Marina Silva retardou por quatro anos a contrução das hidrelétricas do rio Madeira e que para salvar uma perereca já se paralizou uma obra.

Se o País quer crescer vai precisar mudar de atitude. Com que direito alguém para uma obra por nove meses? Qual é o custo para o País? Isso vai ter de mudar!

Com a candidatura da Marina, parece que todos os postulantes querem se mostrar mais ecologistas do que o outro. Ninguém pensa no Brasil? No progresso? Nos empregos?
IV - Em nome do meio ambiente, o Conselho indígena de Roraima, o CIR, impediu, até hoje, a construção de uma hidrelétrica no Rio Cotingo, que resolveria o problema da energia em Roraima e ainda aliviaria o problema da Zona Franca de Manaus. A energia, importada da Venezuela, tida como um grande feito que teria resolvido o problema pelo menos por 20 anos, começa a ser um motivo de preocupação. Lá no país do Hugo Chàvez, está faltando energia para uso dos próprios venezuelanos. Isto é só o começo .


Viagem à Rondõnia para conhecer as hidrelétricas em construção no rio Madeira

Naquela região o País está avançando. Na larga faixa de transição entre o cerrado e a floresta (o arco de fogo do Ibama), vemos a sucessão de fazendas de criação de gado e agricultura bem organizada. As pequenas cidades, bem cuidadas, lembram a construção da estrada no governo militar; chamam-se presid. Médice, min. Anreazza e ourtos mais. Tudo lá cheira a progresso. As pessoas se mostram dinâmicas e felizes. Até a estrada está bem cuidada, mostrando que o PAC, ao menos lá, funciona.

A hidrovia do Madeira poupa 40 dólares de frete, por tonelada, tornando nossa soja competitiva. As construções das hidrelétricas já estão trazendo o desenvolvimento almejado. 


Que Deus guarde a todos vocês

Gelio Fregapani


FONTE: http://www.defesanet.com.br/04_09/gf_06dez09.htm

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