Durante um discurso no hotel Waldorf Astoria, na segunda à noite, em um evento promovido pelo instituto de pesquisas Council of the Americas, no qual Lula foi agraciado com o prêmio Insígnia de Ouro, o presidente elencou ambiciosos projetos para o setor.
''A Petrobras deverá investir mais de US$ 112 bilhões de dólares entre 2008 e 2012. Alguns especialistas calculam que o investimento mínimo para explorar as reservas ultrapassarão US$ 600 bilhões de dólares''.
''Se isso acontecer'', acrescentou o presidente, ''o José Sérgio será o xeque brasileiro'', afirmou, despertando risos da platéia, formada predominantemente por empresários americanos e brasileiros.
Durante uma rápida conversa com jornalistas, após uma outra solenidade, Lula voltou a apontar para possíveis relações entre o retorno da Quarta Frota Naval dos Estados Unidos a águas latino-americanas do Oceano Atlântico, com a descoberta de petróleo na camada pré-sal pelo Brasil.
''Nós estranhamos que depois que nós encontramos petróleo, a quarta frota vá tomar conta exatamente do quadrante que tem petróleo, mas eu penso que não tem problema, nossa preocupação é tentar explorar esse petróleo e fazer com que o povo brasileiro possa melhorar de vida'', afirmou.
Garantias
Lula disse ainda ter obtido garantias de que a reativação da unidade da Marinha americana não tem qualquer relação com a descoberta brasileira tanto por parte do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, como pela secretária de Estado americana, Condoleezza Rice.
A atividade petrolífera também foi o pivô de uma polêmica nesta temporada do líder brasileiro em Nova York.
Pela manhã, o presidente criticou uma reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo que afirmava que o governo dele iria autorizar o uso do Fundo de Garantia na capitalização da Petrobras para explorar o petróleo da camada pré-sal.
Lula qualificou o texto do jornal como ''abominável'', uma vez que, supostamente, ele não teria se baseado em fatos concretos nem em depoimentos dele, Lula, ou de representantes de seu governo.
Mas, em entrevista à rádio CBN, o ministro do Trabalho, Carlos Luppi, havia confirmado essa intenção.
Pouco depois, o ministro desmentiu suas declarações, após ter sido desautorizado pelo presidente.
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