Chanceler brasileiro diz que país não aceita perdão da dívida em hidrelétrica
Adriana Vasconcelos*
BRASÍLIA. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, descartou ontem, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, a possibilidade de o governo brasileiro renegociar o Tratado de Itaipu. Ele classificou de irrealista a proposta do engenheiro Ricardo Canese - negociador do governo Lugo -, publicada ontem pelo GLOBO, que sugere que o Brasil assuma sozinho uma dívida de US$19 bilhões referente à obra da hidrelétrica de Itaipu, concluída em 1984. O Tesouro paraguaio assumiria outros US$600 milhões, que equivalem a 3% do total da dívida.
- Posso adiantar que o Brasil não aceita o argumento de que essa dívida (proveniente da construção da hidrelétrica de Itaipu) é espúria - disse Amorim. - No horizonte desse governo, a renegociação das cláusulas desse tratado é irrealista.
O chanceler também não deixou dúvidas de que o governo brasileiro não ficará passivo diante da ameaça do governo do Equador de não pagar a segunda parcela do empréstimo de US$243 milhões com o BNDES. E advertiu o governo equatoriano sobre os riscos da quebra de um contrato que tem o aval do Convênio de Crédito Recíproco (CCR) da Aladi:
- Isso terá um impacto ruim. Ruim para o Brasil, que perde. Mas pior para seus vizinhos, porque todos eles têm tentado obter crédito com o Brasil.
O novo líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), disse que o calote inviabilizará a integração regional:
- Será uma pá de cal na discussão sobre o Banco do Sul - disse ele.
Já o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), cobrou uma postura mais dura do governo, diante do que classificou como um cerco à posição de liderança do Brasil no continente.
O Banco de Desenvolvimento e Exportações do Irã anunciou ontem a aprovação de uma linha de crédito de US$40 milhões para o Equador. A medida faz parte de iniciativa bilateral entre os dois países.
Adriana Vasconcelos*
BRASÍLIA. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, descartou ontem, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, a possibilidade de o governo brasileiro renegociar o Tratado de Itaipu. Ele classificou de irrealista a proposta do engenheiro Ricardo Canese - negociador do governo Lugo -, publicada ontem pelo GLOBO, que sugere que o Brasil assuma sozinho uma dívida de US$19 bilhões referente à obra da hidrelétrica de Itaipu, concluída em 1984. O Tesouro paraguaio assumiria outros US$600 milhões, que equivalem a 3% do total da dívida.
- Posso adiantar que o Brasil não aceita o argumento de que essa dívida (proveniente da construção da hidrelétrica de Itaipu) é espúria - disse Amorim. - No horizonte desse governo, a renegociação das cláusulas desse tratado é irrealista.
O chanceler também não deixou dúvidas de que o governo brasileiro não ficará passivo diante da ameaça do governo do Equador de não pagar a segunda parcela do empréstimo de US$243 milhões com o BNDES. E advertiu o governo equatoriano sobre os riscos da quebra de um contrato que tem o aval do Convênio de Crédito Recíproco (CCR) da Aladi:
- Isso terá um impacto ruim. Ruim para o Brasil, que perde. Mas pior para seus vizinhos, porque todos eles têm tentado obter crédito com o Brasil.
O novo líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), disse que o calote inviabilizará a integração regional:
- Será uma pá de cal na discussão sobre o Banco do Sul - disse ele.
Já o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), cobrou uma postura mais dura do governo, diante do que classificou como um cerco à posição de liderança do Brasil no continente.
O Banco de Desenvolvimento e Exportações do Irã anunciou ontem a aprovação de uma linha de crédito de US$40 milhões para o Equador. A medida faz parte de iniciativa bilateral entre os dois países.
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