BRASÍLIA. O governo brasileiro aprovou as garantias oficiais para venda de cem mísseis pela empresa Mectron, de São José dos Campos, para o governo paquistanês. O aval foi dado numa reunião extraordinária da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e o negócio, no valor de 85 milhões (R$251,5 milhões), foi fechado em 23 de abril com a participação da Força Aérea Brasileira. Trata-se da venda de mísseis anti-radiação (NARI), que segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ficam acoplados em aviões e em plataformas, e identificam a emissão de radiação de radares, podendo destruí-los ou funcionar como instrumento de monitoramento.
- É um instrumento de monitoramento muito eficaz, que faz pelo espaço o monitoramento da terra, localiza, e, se eventualmente houver uma decisão, pode destruir - explicou Jobim.
Para o ministro, o fato de os atentados em Bombaim terem sido atribuídos a terroristas paquistaneses não poderia influir na concessão das garantias do governo. Como se trata de uma negociação entre governos, ele disse que o adiamento do negócio poderia sugerir que o Brasil estaria atribuindo os ataques ao Paquistão.
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