O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que a projeção internacional do Brasil nos últimos anos "incomoda" outros países da América do Sul e que isso exige "compensações" brasileiras em outras negociações.
"Se o Brasil numa reunião da Organização Mundial de Comércio é chamado para participar de todas as reuniões e outros países não são, por qualquer razão que seja, isso também causa incômodo. Temos que compreender isso e tratar de compensar isso de uma maneira ou de outra, sempre naturalmente preservando interesses nossos", assinalou o chanceler em audiência na Câmara dos Deputados.
Convidado para explicar a controvérsia envolvendo o financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a construção da usina San Francisco pela Odebrecht no Equador, Amorim voltou a criticar o pedido de arbitragem feito por Quito. Segundo o ministro, a decisão equatoriana "vai desacelerar" a integração econômica da região.
"Não houve tentativa de negociação sequer. Isso nos limita e, ao nos limitar, vai criar sim uma limitação para a integração da América do Sul. Não para a integração política, mas vai desacelerar o processo de integração econômica", afirmou.
Indagado sobre a possibilidade de que outros países sigam a decisão equatoriana e questionem investimentos brasileiros, Amorim disse que "não há sinais" de que isso vai acontecer. Ele contou que, consultado, o governo venezuelano, por exemplo, informou que não havia decisão tomada sobre isso.
Na noite de segunda, porém, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse que revisará "exaustivamente" a dívida externa do país, sem descartar a possibilidade de incluir na cifra o valor referente à hidrelétrica binacional de Itaipu. "Cremos que muitas das nossas dívidas já foram pagas", afirmou.
Lugo disse que pretende criar uma equipe "com alta capacidade moral" para estudar o tema e questionou a legitimidade de dívidas contraídas.
Horas depois da audiência pública de Amorim, a Folha procurou o Itamaraty sobre as declarações de Lugo. O ministério avaliou que o presidente paraguaio não criticou especificamente a dívida com o Brasil. Segundo a Chancelaria, já está em andamento uma discussão bilateral sobre a usina de Itaipu, sem resultados.
"Se o Brasil numa reunião da Organização Mundial de Comércio é chamado para participar de todas as reuniões e outros países não são, por qualquer razão que seja, isso também causa incômodo. Temos que compreender isso e tratar de compensar isso de uma maneira ou de outra, sempre naturalmente preservando interesses nossos", assinalou o chanceler em audiência na Câmara dos Deputados.
Convidado para explicar a controvérsia envolvendo o financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a construção da usina San Francisco pela Odebrecht no Equador, Amorim voltou a criticar o pedido de arbitragem feito por Quito. Segundo o ministro, a decisão equatoriana "vai desacelerar" a integração econômica da região.
"Não houve tentativa de negociação sequer. Isso nos limita e, ao nos limitar, vai criar sim uma limitação para a integração da América do Sul. Não para a integração política, mas vai desacelerar o processo de integração econômica", afirmou.
Indagado sobre a possibilidade de que outros países sigam a decisão equatoriana e questionem investimentos brasileiros, Amorim disse que "não há sinais" de que isso vai acontecer. Ele contou que, consultado, o governo venezuelano, por exemplo, informou que não havia decisão tomada sobre isso.
Na noite de segunda, porém, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse que revisará "exaustivamente" a dívida externa do país, sem descartar a possibilidade de incluir na cifra o valor referente à hidrelétrica binacional de Itaipu. "Cremos que muitas das nossas dívidas já foram pagas", afirmou.
Lugo disse que pretende criar uma equipe "com alta capacidade moral" para estudar o tema e questionou a legitimidade de dívidas contraídas.
Horas depois da audiência pública de Amorim, a Folha procurou o Itamaraty sobre as declarações de Lugo. O ministério avaliou que o presidente paraguaio não criticou especificamente a dívida com o Brasil. Segundo a Chancelaria, já está em andamento uma discussão bilateral sobre a usina de Itaipu, sem resultados.
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