quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Indianos querem guerra contra o Paquistão

Marcelo Medeiros

jornalista

 

Inúmeras organizações terroristas atuam nos mais diversos países do mundo, mantendo uma postura radical em defesa de seus objetivos políticos. São grupos que tentam, de qualquer forma, implantar o medo e o terror dentro da sociedade para alcançar sua finalidade.

Os países islâmicos mantêm grupos terroristas como: Hezbollah, Hamas, Al-Jehad, Al-Qaeda e muitos outros menos conhecidos.

A crise entre as potências nucleares Índia e Paquistão fez com que o presidente do Estados Unidos, George W. Bush, telefonasse para os líderes da Índia e do Paquistão para pedir que "escolham o caminho da diplomacia e abandonem a guerra".

A Índia acusa o Paquistão de permitir que militantes islâmicos atravessem a fronteira no território indiano da Caxemira para realizar ataques terroristas.

O Paquistão nega que ativistas estejam se infiltrando pela fronteira da Caxemira e defende que observadores internacionais verifiquem a veracidade das acusações dos indianos.

O primeiro-ministro do Paquistão, Pervez Musharraf, rejeitou uma proposta de Vajpayee, primeiro-ministro indiano, de promover patrulhas conjuntas na fronteira em litígio da Caxemira.

Depois da recusa paquistanesa, os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha renovaram os apelos para que seus cidadãos deixem imediatamente a Índia e o Paquistão.

Em Washington, o Departamento de Estado divulgou um aviso para os 60 mil americanos que vivem na Índia e os milhares que moram no Paquistão, alertando que: "As tensões chegaram a um nível muito sério e o risco de intensas hostilidades militares não pode ser descartado".

A Grã-Bretanha reforçou o apelo para seus cidadãos começarem a pensar na hipótese de sair da Índia.

"Sigo acreditando que uma guerra entre a Índia e o Paquistão não é inevitável e que, com nossos parceiros internacionais, vamos continuar a fazer de tudo para evitar uma crise", afirmou o secretário do Exterior britânico, Jack Straw.

Os ataques de Bombaim demonstraram a "necessidade de se procurar uma resposta global para o terrorismo islamita", sublinhou a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice.

"Penso que é claro que o Paquistão trava o seu próprio combate contra os terroristas, fazemos todos parte do mesmo grupo" das vítimas do terrorismo e "temos que reagir de forma global", declarou Rice, dirigindo-se ao presidente paquistanês Asif Ali Zardari.

A tensão é grande entre as duas potências nucleares da região, com Nova Deli a acusar islamitas baseados no Paquistão de terem planejado e perpetrado os ataques de Bombaim.

Entretanto, nas sucessivas manifestações indianas continua a se ouvir o refrão: "Guerra ao Paquistão", "Paquistaneses ladrões", etc.

O crescente tom de raiva dos manifestantes dirige-se não só ao "inimigo" paquistanês como ao próprio governo indiano que, segundo os cidadãos, "sabe onde está o mal (Paquistão) e não vai lá acabar com ele".

Uma sondagem da televisão Times Now, do mesmo grupo do maior jornal do país, Times of Índia, aponta que 90% dos indianos querem uma guerra com o Paquistão.


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