quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Na reserva, índios mantêm apreensão

Evandro Éboli 

 

VILA SURUMU (RR). Os índios ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR) comemoram de forma tímida, com alguns fogos de artifício, o resultado parcial do julgamento do STF. Os líderes indígenas estão preocupados com o futuro da reserva. O coordenador do CIR, o tuxaua Walter Oliveira, pediu que o contingente da Força Nacional permaneça na área. Ele disse que tem receio das conseqüências da decisão do Supremo: 

- Eles (os arrozeiros) não vão deixar barato. Quem perdeu está revoltado. 

Já o índio José Brasão de Braga, funcionário de Paulo César Quartiero, disse que não haverá reação violenta. Segundo ele, com o pedido de vista do ministro Marco Aurélio, eles terão condições de apresentar mais documentos para provar que a demarcação foi ilegal: 

- Acho que nem tudo está perdido e que é possível mudar essa situação. Os ministros do Supremo não têm conhecimento dos fatos, da verdade. Teremos tempo para mostrar a eles que a demarcação contínua é um erro e uma ilegalidade. 

Os indígenas, na maioria da etnia macuxi, não assistiram ao julgamento pela TV, mas recebiam informes do CIR. 

- Continuaremos aguardando a Justiça - disse Martinho Macuxi Souza, do CIR.

   

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