A economia brasileira pode crescer somente 0,5% no próximo ano em um cenário pessimista para a economia mundial, segundo aponta um relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta segunda-feira em Doha, no Catar.
Num cenário otimista, o crescimento brasileiro seria de 3% em 2009, segundo o relatório. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reviu a previsão de crescimento da economia brasileira para o ano que vem de 6% para 4%.
A ONU adverte que a economia mundial pode enfrentar sua pior queda desde a Grande Depressão dos anos 1930, com uma contração de 0,4% no PIB mundial em 2009 dentro do cenário mais pessimista.
A previsão da ONU para o cenário pessimista contrasta com a do Fundo Monetário Internacional, que ainda prevê um crescimento global no próximo ano, apesar de uma contração prevista nas principais economias desenvolvidas.
O cenário pessimista traçado pela ONU prevê a manutenção da turbulência nos mercados financeiros mundiais e um declínio ainda maior na concessão de empréstimos nos países desenvolvidos, além de uma crise de confiança prolongada na economia global.
As previsões do relatório também se baseiam em dois outros cenários. No cenário básico, os mercados financeiros voltem à normalidade em um prazo de até nove meses e os países desenvolvidos anunciem novos pacotes de estímulo à economia.
No cenário otimista, além das condições descritas no cenário básico haveria também uma coordenação na aplicação de pacotes de estímulo econômico de entre 1,5% e 2% do PIB e novos cortes de taxas de juros.
Previsões
No cenário básico, a economia mundial teria um crescimento de 1% no ano que vem, segundo o relatório, e de 1,6% no cenário otimista.
Em 2007, a economia mundial teve um crescimento de 3,8%, enquanto a previsão para 2008 é de um crescimento de 2,5%.
O relatório da ONU prevê ainda que no cenário pessimista as economias dos países desenvolvidos podem cair 1,5% no ano que vem, com uma queda de 1,9% no PIB dos Estados Unidos, 1,5% na zona do euro e 0,6% no Japão.
No cenário otimista, a ONU prevê um crescimento de 0,2% nas economias desenvolvidas em 2009, apesar de uma queda de 0,5% no PIB americano. Neste cenário, a zona do euro teria um crescimento de 0,3%, e o Japão, de 0,5%.
Por outro lado, as economias dos países em desenvolvimento teriam um crescimento entre 2,7%, no cenário pessimista, e de 5,1% no cenário otimista.
A previsão de crescimento para a China no ano que vem é de entre 7% no cenário pessimista e 8,9% no cenário otimista, enquanto a Índia poderia crescer entre 4,7% e 7,5%.
Impacto
Segundo o relatório, as economias desenvolvidas foram as responsáveis pela desaceleração econômica, mas a natureza global do comércio e dos mercados financeiros significam que os problemas econômicos contaminaram rapidamente os países em desenvolvimento, contrariando a tese do “descolamento” das economias desenvolvidas e em desenvolvimento.
O documento adverte ainda que a comunidade internacional ignorou o impacto da crise financeira global sobre os países mais pobres, que agora enfrentam custos mais altos para o crédito e um menor crescimento das exportações.
Rob Vos, economista-chefe do secretariado da ONU e co-autor do relatório, disse à BBC que o cenário pessimista traçado pelo documento é bem possível, a não ser que os mercados financeiros se acalmem e que o nível de crédito retorne aos níveis normais.
“Dia a dia estamos chegando mais próximos do cenário pessimista”, afirmou.
Ele lembrou que a última contração da economia mundial ocorreu nos anos 1930, com o impacto da Grande Depressão.
O relatório da ONU com suas previsões econômicas, normalmente publicado em janeiro, foi antecipado neste ano para coincidir com a Conferência da ONU sobre Financiamento e Desenvolvimento, que termina nesta terça-feira em Doha.
Num cenário otimista, o crescimento brasileiro seria de 3% em 2009, segundo o relatório. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reviu a previsão de crescimento da economia brasileira para o ano que vem de 6% para 4%.
A ONU adverte que a economia mundial pode enfrentar sua pior queda desde a Grande Depressão dos anos 1930, com uma contração de 0,4% no PIB mundial em 2009 dentro do cenário mais pessimista.
A previsão da ONU para o cenário pessimista contrasta com a do Fundo Monetário Internacional, que ainda prevê um crescimento global no próximo ano, apesar de uma contração prevista nas principais economias desenvolvidas.
O cenário pessimista traçado pela ONU prevê a manutenção da turbulência nos mercados financeiros mundiais e um declínio ainda maior na concessão de empréstimos nos países desenvolvidos, além de uma crise de confiança prolongada na economia global.
As previsões do relatório também se baseiam em dois outros cenários. No cenário básico, os mercados financeiros voltem à normalidade em um prazo de até nove meses e os países desenvolvidos anunciem novos pacotes de estímulo à economia.
No cenário otimista, além das condições descritas no cenário básico haveria também uma coordenação na aplicação de pacotes de estímulo econômico de entre 1,5% e 2% do PIB e novos cortes de taxas de juros.
Previsões
No cenário básico, a economia mundial teria um crescimento de 1% no ano que vem, segundo o relatório, e de 1,6% no cenário otimista.
Em 2007, a economia mundial teve um crescimento de 3,8%, enquanto a previsão para 2008 é de um crescimento de 2,5%.
O relatório da ONU prevê ainda que no cenário pessimista as economias dos países desenvolvidos podem cair 1,5% no ano que vem, com uma queda de 1,9% no PIB dos Estados Unidos, 1,5% na zona do euro e 0,6% no Japão.
No cenário otimista, a ONU prevê um crescimento de 0,2% nas economias desenvolvidas em 2009, apesar de uma queda de 0,5% no PIB americano. Neste cenário, a zona do euro teria um crescimento de 0,3%, e o Japão, de 0,5%.
Por outro lado, as economias dos países em desenvolvimento teriam um crescimento entre 2,7%, no cenário pessimista, e de 5,1% no cenário otimista.
A previsão de crescimento para a China no ano que vem é de entre 7% no cenário pessimista e 8,9% no cenário otimista, enquanto a Índia poderia crescer entre 4,7% e 7,5%.
Impacto
Segundo o relatório, as economias desenvolvidas foram as responsáveis pela desaceleração econômica, mas a natureza global do comércio e dos mercados financeiros significam que os problemas econômicos contaminaram rapidamente os países em desenvolvimento, contrariando a tese do “descolamento” das economias desenvolvidas e em desenvolvimento.
O documento adverte ainda que a comunidade internacional ignorou o impacto da crise financeira global sobre os países mais pobres, que agora enfrentam custos mais altos para o crédito e um menor crescimento das exportações.
Rob Vos, economista-chefe do secretariado da ONU e co-autor do relatório, disse à BBC que o cenário pessimista traçado pelo documento é bem possível, a não ser que os mercados financeiros se acalmem e que o nível de crédito retorne aos níveis normais.
“Dia a dia estamos chegando mais próximos do cenário pessimista”, afirmou.
Ele lembrou que a última contração da economia mundial ocorreu nos anos 1930, com o impacto da Grande Depressão.
O relatório da ONU com suas previsões econômicas, normalmente publicado em janeiro, foi antecipado neste ano para coincidir com a Conferência da ONU sobre Financiamento e Desenvolvimento, que termina nesta terça-feira em Doha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário