A tensão diplomática entre Santiago e Lima vem aumentando nos últimos dias, depois que a imprensa chilena divulgou, na semana passada, um vídeo da internet com declarações hostis do atual comandante do Exército peruano, Edwin Donayre. O fato provocou o cancelamento da viagem que o ministro da Defesa peruano faria ao Chile nesta semana, para uma exposição naval.
O vídeo que foi o estopim do incidente é de 2006 e mostra Donayre dizendo que os chilenos que entrassem no Peru não sairiam dali com vida. "Chileno que entra, não saí. Ou sai em um caixão", disse. O governo chileno reagiu pedindo o afastamento imediato do general e desconvidou o ministro da Defesa peruano, por considerar a visita "inoportuna".
Ontem, Donayre rechaçou os pedidos chilenos para que ele renunciasse. "Não vou ceder à pressão de políticos que não são do Peru e que pedem minha renúncia", disse ao programa de TV Reporte Semanal. "Sou comandante-geral do Exército nomeado expressamente por mandato presidencial e posso ser retirado com a ordem presidencial, e não por necessidade nem por pressão de um governo alheio ao nosso", disse.
O general reforçou, ainda, que já havia pedido desculpas pelas declarações, dadas "em um contexto informal e entre amigos."
Já o presidente peruano, Alan García, tenta administrar as pressões sem contentar completamente nenhum dos lados. Ele enviou um pedido de desculpas à presidente chilena, Michelle Bachelet, a quem disse que o general será afastado.
No sábado, porém, ele afirmou que "[o Peru] não recebe nem pressões nem ordens de ninguém de fora" e vai manter o general no cargo até sexta-feira -quando já estava programada a aposentadoria de Donayre, segundo informações oficiais. O general negou que esteja prestes a se aposentar, se limitando a dizer que trata-se de uma decisão do presidente.
Em 1879, o Chile entrou em guerra contra a Bolívia e contra o Peru, que terminou com a anexação de parte dos territórios dos dois países. Hoje, vivem no Chile 50 mil imigrantes peruanos.
O vídeo que foi o estopim do incidente é de 2006 e mostra Donayre dizendo que os chilenos que entrassem no Peru não sairiam dali com vida. "Chileno que entra, não saí. Ou sai em um caixão", disse. O governo chileno reagiu pedindo o afastamento imediato do general e desconvidou o ministro da Defesa peruano, por considerar a visita "inoportuna".
Ontem, Donayre rechaçou os pedidos chilenos para que ele renunciasse. "Não vou ceder à pressão de políticos que não são do Peru e que pedem minha renúncia", disse ao programa de TV Reporte Semanal. "Sou comandante-geral do Exército nomeado expressamente por mandato presidencial e posso ser retirado com a ordem presidencial, e não por necessidade nem por pressão de um governo alheio ao nosso", disse.
O general reforçou, ainda, que já havia pedido desculpas pelas declarações, dadas "em um contexto informal e entre amigos."
Já o presidente peruano, Alan García, tenta administrar as pressões sem contentar completamente nenhum dos lados. Ele enviou um pedido de desculpas à presidente chilena, Michelle Bachelet, a quem disse que o general será afastado.
No sábado, porém, ele afirmou que "[o Peru] não recebe nem pressões nem ordens de ninguém de fora" e vai manter o general no cargo até sexta-feira -quando já estava programada a aposentadoria de Donayre, segundo informações oficiais. O general negou que esteja prestes a se aposentar, se limitando a dizer que trata-se de uma decisão do presidente.
Em 1879, o Chile entrou em guerra contra a Bolívia e contra o Peru, que terminou com a anexação de parte dos territórios dos dois países. Hoje, vivem no Chile 50 mil imigrantes peruanos.
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