Por Jorge Serrão
Os brasileiros não têm projeto claro e não sabem direito o que fazer para conservar a Amazônia. Mas a Oligarquia Financeira Transnacional e seus agentes conscientes de atuação sabem direitinho. Circula na internet um velho documento da CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL (Conselho Mundial das Igrejas Cristãs), datado de março de 1981, destinado às Organizações Sociais Missionárias no Brasil. O monstrengo veio à tona, em 1º de dezembro de 1999, graças a um trabalho do Centro de Desenvolvimento de Empresários e Administradores Líderes (CDEAL-Manaus). Uma cópia deste mesmo texto foi distribuída, na terça-feira passada, aos participantes do seminário sobre Soberania da Amazônia, em São Paulo. O texto do documento DIRETRIZES BRASIL N.º 4 - ANO "0" revela a estratégia que vem sendo executada, há quase três décadas, para retirar a soberania do Brasil sobre a região (que o nosso País, a bem da verdade, não ocupa nem conserva devidamente). O documento defende a manutenção da segregação dos indígenas, impedindo-os de se integrarem à comunidade brasileira, para que se mantenham em “Nações Indígenas” independentes. Outro conceito equivocado, defendido pelo Conselho das Igrejas, é “preservação” da Amazônia – mantendo-a intocada, o máximo possível, para impedir que o Brasil a conserve e explore em favor do nosso desenvolvimento.Em pelo menos duas das diretrizes, em letras garrafais, fica evidente como funciona a guerra assimétrica (ideológica) contra o Brasil e os eventuais defensores da Conservação da Amazônia por aqui: “Angariar o maior número possível de simpatizantes, principalmente entre pessoas ilustres, como é o caso de Gilberto Freire no Brasil, bem como e principalmente entre políticos, sociólogos, antropólogos, geólogos, autoridades governamentais, indigenistas e outros de importante influência, como é o caso de jornalistas e seus veículos de imprensa. Cada simpatizante deve ser instruído para que consiga mais 10, esses 10 e cada um deles mais 10 e assim sucessivamente, até formarmos um corpo de simpatizantes de grande valor”.A outra diretriz segue a mesma linha estratégica de guerra psicológica: “É preciso manter as autoridades em geral sob pressão crítica, para finalmente evitar que os seus atos, aparentemente simples, não se transformem em desgraça para os índios. Nunca se deve deixar de protestar contra qualquer ato que contrarie as diretrizes aqui compreendidas”. Uma outra diretriz deve servir de reflexão ao Supremo Tribunal Federal, que vai julgar o caso Raposa do Sol: “É nosso dever definir, marcar, medir, unir, expandir, consolidar, independer por restrição de soberania, as áreas ocupadas pelos indígenas, considerando-as suas nações. É nosso dever promover a reunião das nações indígenas em uniões de nações, dando-lhes forma jurídica definida. A forma jurídica a ser dada a tais nações incluirá a propriedade da terra, que deverá compreender o solo, o subsolo e tudo que neles existir, tanto em forma de recursos naturais renováveis como não renováveis”.
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