terça-feira, 10 de junho de 2008

O Brasil esta sendo repartido

Por Márcio Accioly
Está se armando um clima de radicalização no país que só não é percebido pelos inocentes (ou alienados), ou por interessados no quanto pior, melhor. E como existe ampliada insatisfação nos setores militares, muitos tentam enfraquecer posições de lideranças castrenses na relembrança de fatos da ditadura militar (1964-85).
Os militares, que sempre marcaram presença impositiva na vida política nacional (agindo como poder moderador), cometeram seu maior erro de avaliação ao assumirem, com apoio dos EUA, ditadura que começou timidamente em 1964, atravessou fases grotescas de cruel tortura e chegou a final nada glorioso em 1985.
O regime militar foi abaixo depois que multidões saíram às ruas pedindo a volta (volta?), da democracia. Mas não sem antes passar pelo Riocentro, na noite de 2 de maio de 1981, quando militares do Exército se deram mal na explosão de uma bomba cuja responsabilidade pretendiam atribuir a possíveis comunistas.
Triste país, este nosso, transformado em bordel pela Rede Globo (e demais emissoras que a acompanham e imitam), a mesma que alegremente apoiou o regime que agora classifica de “ditadura”, na denúncia de “horrores” então praticados.
Agora, quando se pretende entregar todas as reservas de minerais raros existentes em solo nacional, depois de FHC (1995-2003), ter praticado crime de lesa-pátria na doação da CVRD – Companhia Vale do Rio Doce -, e na perda de argumentos que justifiquem reservas indígenas que se criam, monta-se circo bem programado.
Como os militares se encontram na linha de frente, defendendo fronteiras e bradando aos quatro cantos contra a entrega vergonhosa da pátria, a gestão do presidente Don Luiz Inácio (PT-SP), resolveu atacar.
Pior: os que ora posam de vestais, que aumentaram a carga tributária de forma que cada brasileiro trabalha quase seis meses ao ano somente para pagar impostos, integram administração acusada de assassinatos e roubos dos mais esdrúxulos, na desmoralização escancarada.
Nessa tática de avestruz, a cabeça enfiada num buraco, onde o que menos importa são os legítimos interesses nacionais, eis que o ministro Tarso Genro (Justiça), defende no momento o julgamento e “punição para responsáveis por tortura na ditadura militar”.
Mas não concede a mesma ênfase na punição de ladravazes e incompetentes que esborram e espirram em todos os órgãos da administração pública, num aparelhamento partidário como nunca visto antes.
E bom mesmo é observar a Rede Globo engrossar o caldo, depois de florescer e se nutrir justamente na “ditadura” que ora combate. Claro que ninguém pretende defender tortura ou arbítrio, mas vamos e convenhamos, é cinismo além das medidas!
Além de tudo, o que deveria estar em pauta na discussão política do país é a tal de Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, aprovada recentemente pela ONU e a qual o Brasil se apressou em assinar. Os EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, entre outros países, não quiseram subscrever o documento entreguista.
Vejam o que dizem os artigos 30 e 36 da tal “Declaração” que Don Luiz Inácio, acusado de alcoolismo pelo jornalista Larry Rohter (New York Times), acha ser justo:
“Art. 30: Não se desenvolverão atividades militares” (vejam só), “nas terras ou territórios dos povos indígenas, a menos que tenham solicitado.”
“Art. 36: Os povos indígenas, sobretudo os separados por fronteiras internacionais, têm direito de manter e desenvolver contatos, relações e cooperação com outros povos, através de fronteiras.”
Quando esteve recentemente em Roraima, o ministro Mangabeira Unger visitou comunidades indígenas localizadas na Reserva Raposa/Serra do Sol e impediu que autoridades brasileiras, civis e militares, o acompanhassem. O ministro, que fala português com sotaque, está encarregado de cuidar da Amazônia.
Ficamos a imaginar o que teria acontecido, em 64, se esses autodenominados esquerdistas tivessem conquistado o poder. Seria para roubar, matar e mentir impunemente? Que vergonha! Para destruir o país? Entregar nossas riquezas?
Só mesmo num país sem povo como o Brasil, com a população quase toda dirigida pelas emissoras de televisão, pode haver tanta manipulação e desrespeito. Está na hora de se intervir fortemente na defesa dos interesses nacionais. Os militares estão aí para isso.
Márcio Accioly é Jornalista.
Postado por Alerta Total de Jorge Serrão

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