Defesa Civil calcula quase 80 mil desalojados. Doenças e economia local preocupam
Brasília - O número de mortes em Santa Catarina em decorrência das chuvas subiu para 114 ontem. Em todo o Estado, as chuvas já afetaram 1,5 milhão de pessoas. De acordo com balanço da Defesa Civil Estadual, 78.707 estão desalojados ou desabrigados – 27.410 devem ficar em abrigos públicos e outras 51.297 estão em casas de amigos e familiares.
A água já baixou, mas os estragos permanecem. Há entulho pelas ruas, e as vítimas fazem filas em busca de doações. A preocupação agora é com a possível contaminação por doenças. Hospitais em Blumenau informaram ontem à Secretaria Municipal de Saúde sobre possíveis casos de contágio pela bactéria da leptospirose. Com as enchentes, aumentou o contato de pessoas com água contaminada.
Após enfrentar resistências entre moradores que estariam relutantes em abandonar as residências ameaçadas pelos deslizamentos, a Defesa Civil começou a "adesivar" as áreas de risco em Blumenau, uma das cidades mais atingidas pelas enchentes que atinge todo o Estado. A intenção é justamente evitar que famílias retornem aos seus lares e sejam vítimas de novos desabamentos.
Desde que os trabalhos de resgate das vítimas das enchentes foram iniciados em Santa Catarina, no dia 23, o Comando Geral de Operações Aéreas da Polícia Militar e Defesa Civil já contabilizou o socorro a mais de mil vítimas do desastre. Ao todo, são utilizados na região 19 helicópteros, enviados por diversos Estados brasileiros.
O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique (PMDB), procurou tranqüilizar a população ontem. Ele afirmou que não vão faltar recursos para a reconstrução das cidades atingidas pelas fortes chuvas dos últimos meses. A declaração foi feita durante visita à Coordenadoria de Operações Aéreas da Defesa Civil, implantada no aeroporto de Navegantes (SC).
A economia local ficou arrasada com a tragédia causada pelo excesso de chuvas. A Secretaria da Fazenda de Santa Catarina projeta perdas volumosas na arrecadação dos municípios mais atingidos pelos deslizamentos e precipitações. Calcula-se que as cidades do Vale do Itajaí, Joinville e Jaraguá do Sul, fortemente atingidas, representem cerca de 40% da arrecadação estadual de ICMS. No total, é esperada uma diminuição de 15% ao mês nas receitas do Estado. O secretário estadual de Fazenda, Sérgio Alves, enviou pedido ao Conselho Nacional de Política Fazendária para que autorize a isenção de ICMS sobre as doações de empresas ao Estado. Constam na proposta itens como alimentos e roupas.
No Espírito Santo
O município de Marechal Floriano (ES) foi o mais castigado pelas chuvas da noite da última sexta-feira no Estado, segundo informou a Defesa Civil. Em Vitória, a região de Grande Cobilândia foi a mais atingida. Houve deslizamento de terra na BR-262, em Marechal Floriano, sem vítimas e prejuízos ao tráfego. O órgão informou que já são 21 cidades capixabas castigadas pelas chuvas, mais de dois mil desalojados e 241 desabrigados. (Com agências)
Brasília - O número de mortes em Santa Catarina em decorrência das chuvas subiu para 114 ontem. Em todo o Estado, as chuvas já afetaram 1,5 milhão de pessoas. De acordo com balanço da Defesa Civil Estadual, 78.707 estão desalojados ou desabrigados – 27.410 devem ficar em abrigos públicos e outras 51.297 estão em casas de amigos e familiares.
A água já baixou, mas os estragos permanecem. Há entulho pelas ruas, e as vítimas fazem filas em busca de doações. A preocupação agora é com a possível contaminação por doenças. Hospitais em Blumenau informaram ontem à Secretaria Municipal de Saúde sobre possíveis casos de contágio pela bactéria da leptospirose. Com as enchentes, aumentou o contato de pessoas com água contaminada.
Após enfrentar resistências entre moradores que estariam relutantes em abandonar as residências ameaçadas pelos deslizamentos, a Defesa Civil começou a "adesivar" as áreas de risco em Blumenau, uma das cidades mais atingidas pelas enchentes que atinge todo o Estado. A intenção é justamente evitar que famílias retornem aos seus lares e sejam vítimas de novos desabamentos.
Desde que os trabalhos de resgate das vítimas das enchentes foram iniciados em Santa Catarina, no dia 23, o Comando Geral de Operações Aéreas da Polícia Militar e Defesa Civil já contabilizou o socorro a mais de mil vítimas do desastre. Ao todo, são utilizados na região 19 helicópteros, enviados por diversos Estados brasileiros.
O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique (PMDB), procurou tranqüilizar a população ontem. Ele afirmou que não vão faltar recursos para a reconstrução das cidades atingidas pelas fortes chuvas dos últimos meses. A declaração foi feita durante visita à Coordenadoria de Operações Aéreas da Defesa Civil, implantada no aeroporto de Navegantes (SC).
A economia local ficou arrasada com a tragédia causada pelo excesso de chuvas. A Secretaria da Fazenda de Santa Catarina projeta perdas volumosas na arrecadação dos municípios mais atingidos pelos deslizamentos e precipitações. Calcula-se que as cidades do Vale do Itajaí, Joinville e Jaraguá do Sul, fortemente atingidas, representem cerca de 40% da arrecadação estadual de ICMS. No total, é esperada uma diminuição de 15% ao mês nas receitas do Estado. O secretário estadual de Fazenda, Sérgio Alves, enviou pedido ao Conselho Nacional de Política Fazendária para que autorize a isenção de ICMS sobre as doações de empresas ao Estado. Constam na proposta itens como alimentos e roupas.
No Espírito Santo
O município de Marechal Floriano (ES) foi o mais castigado pelas chuvas da noite da última sexta-feira no Estado, segundo informou a Defesa Civil. Em Vitória, a região de Grande Cobilândia foi a mais atingida. Houve deslizamento de terra na BR-262, em Marechal Floriano, sem vítimas e prejuízos ao tráfego. O órgão informou que já são 21 cidades capixabas castigadas pelas chuvas, mais de dois mil desalojados e 241 desabrigados. (Com agências)
Nenhum comentário:
Postar um comentário