Senadores condenam o retorno ao Atlântico Sul
Márcio Falcão - Brasília
Márcio Falcão - Brasília
A reativação da IV Frota da Marinha americana, que reapareceu na terça-feira nas águas da América Latina - quase 60 anos após ter sido desativada - não agradou às autoridades brasileiras. A cúpula do governo, deputados e senadores querem explicações. Nos bastidores do Congresso, parlamentares reconhecem que a volta da frota deixa o país em alerta em relação à soberania da Amazônia e às reservas de petróleo da costa brasileira.
Uma comissão de senadores deve procurar, na próxima semana, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, para discutir o tema. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também pediu ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que solicitasse à secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, informações sobre os objetivos desta IV Frota.
– É um erro diplomático – avalia o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). – E nós vamos dizer isto ao embaixador.
O senador afirma que em conversa com lideranças americanas foi informado que o objetivo da medida seria controlar países da região com governos considerados incômodos por Washington.
– Não consigo notar razões específicas para a volta da frota - completa o pedetista. - Vivemos em uma região pacífica.
Para o senador Pedro Simon (PMDB-RS) é curioso o fato da frota ter sido reativada em meio às descobertas de imensas reservas de petróleo na costa brasileira. As reservas americanas do óleo estão no fim, devendo durar cerca de quatro ou cinco anos, caso sejam utilizadas.
– Agora, nós sabemos que temos petróleo em toda a costa marítima brasileira, a 300 quilômetros, e nós temos direito de saber o que está acontecendo – afirmou Simon.
O peemedebista disse ser radicalmente contra a reativação da frota, afirmando ter as "piores recordações" – relativas à participação do governo americano na deposição do então presidente brasileiro João Goulart, em 1964.
A IV Frota, criada em 1943 diante da ameaça nazista para patrulhar submarinos nazistas nas águas da região da América Latina, foi desativada em 1950. Porta-vozes militares americanos afirmam que a reativação da IV Frota não significa uma mudança de estratégia do país. Segundo os Estados Unidos, trata-se de um ajuste operacional sem intenções agressivas, para melhorar a capacidade operacional no combate ao narcotráfico, manejo de desastres naturais e trabalhos de cooperação.
Uma comissão de senadores deve procurar, na próxima semana, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, para discutir o tema. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também pediu ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que solicitasse à secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, informações sobre os objetivos desta IV Frota.
– É um erro diplomático – avalia o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). – E nós vamos dizer isto ao embaixador.
O senador afirma que em conversa com lideranças americanas foi informado que o objetivo da medida seria controlar países da região com governos considerados incômodos por Washington.
– Não consigo notar razões específicas para a volta da frota - completa o pedetista. - Vivemos em uma região pacífica.
Para o senador Pedro Simon (PMDB-RS) é curioso o fato da frota ter sido reativada em meio às descobertas de imensas reservas de petróleo na costa brasileira. As reservas americanas do óleo estão no fim, devendo durar cerca de quatro ou cinco anos, caso sejam utilizadas.
– Agora, nós sabemos que temos petróleo em toda a costa marítima brasileira, a 300 quilômetros, e nós temos direito de saber o que está acontecendo – afirmou Simon.
O peemedebista disse ser radicalmente contra a reativação da frota, afirmando ter as "piores recordações" – relativas à participação do governo americano na deposição do então presidente brasileiro João Goulart, em 1964.
A IV Frota, criada em 1943 diante da ameaça nazista para patrulhar submarinos nazistas nas águas da região da América Latina, foi desativada em 1950. Porta-vozes militares americanos afirmam que a reativação da IV Frota não significa uma mudança de estratégia do país. Segundo os Estados Unidos, trata-se de um ajuste operacional sem intenções agressivas, para melhorar a capacidade operacional no combate ao narcotráfico, manejo de desastres naturais e trabalhos de cooperação.
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