O que interessa em relação a essas reservas indígenas? Tentando resumir, há grande quantidade de informações mostrando-nos a persistente e insolente (ademais de movida a grana e a mídia) pressão da família real britânica e de outros redutos da oligarquia financeira mundial para conseguir essas demarcações em faixa contínua.O assunto nada tem a ver com direitos de indígenas, pretexto de interferências na própria Constituição, cujo texto abriu brechas para o abuso de conquistadores estrangeiros (invocando proteção aos indígenas em território brasileiro). Ademais, a própria Constituição é desrespeitada, não só na abusiva interpretação extensiva do dispositivo referente aos índios, mas também em relação ao uso das terras na faixa de fronteira. Na prática esse uso, em vez de ser nacional como quer a Constituição, fica exclusivo de quem controla (por meio da cooptação, grana etc.) pretensos líderes indígenas.As áreas que estão sendo isoladas do território nacional com as demarcações em faixa contínua incluem a gigantesca reserva dita ianomâmi e a da Raposa Serra do Sol, contígua àquela. Nessas áreas estão as serras da fronteira Norte do País, nas quais há imensos recursos minerais de valor incalculável, tanto preciosos (ouro, diamantes etc.) como estratégicos, tais como nióbio, tântalo, berílio, terras raras, titânio e zircônio.Juntas, estas duas reservas, a dita ianomâmi e a da Raposa, somam mais de 110 mil quilômetros quadrados. Para assegurar seu domínio sobre elas, mesmo na hipótese longínqua de o Brasil vir a dotar-se de autodeterminação, aspotências hegemônicas anglo-americanas, coadjuvadas por associadas européias, financiam e mobilizam, há decênios, ONGs, missionários, geólogos, igrejas e entidades de todo tipo, cooptam órgãos públicos, etnólogos, antropólogos e tudo mais. Essas potências são lideradas pela oligarquia britânica, cuja família real tem estado à frente das iniciativas e pressões para arrancar demarcações absurdas de “governantes” brasileiros.Para que? Para garantir o controlepermanente de seus cartéis sobre as riquezas cujas minas já controlam no Brasil, na África do Sul, no Congo, no Canadá, na Austrália etc. A questão lhes é ainda mais prioritária e urgente, porque a oligarquia abusou do conto de vigário monetário e financeiro, estando o colapso do sistema financeiro mundial mais que manifestado, há mais de um ano, e emcontinuada aceleraçãoNessas condições, está em vias de sofrer a correção devida, ou seja, abissal desvalorização, a finança fraudulentamente criada na quase infinitude que só o processamento eletrônico de dados viabiliza. O aviltamento das moedas, principalmente do dólar, tem feito intensificar a corrida pela riqueza real constituída por terras e minérios.Muitos nos têm lembrado de que há poucas ONGs interessadas na miséria de dois terços da população brasileira, ou seja mais de 120 milhões de pessoas. Essas organizações e os conselhos de igrejas preferem concentrar-se em regiões de população rarefeita, dotadas de inimagináveis reservas minerais. Outra coisa: os arrozeiros que querem retirar à força do município de Pacaraima são brasileiros que garantem o suprimento do produto em Roraima e ainda de parte dele nos Estados vizinhos. Não são multinacionais nem estão ligados ao agronegócio controlado pelas tradings norte-americanas.Aí os "defensores" dos índios preferem ignorar que muitos indígenas, inclusive lideranças, preferem fazer parte da comunidade local e nacional, livre da segregação racial que está sendo imposta nas reservas. A separação de enormes terras a pretexto de preservar culturas indígenas não tem justificativa, pois as tribos da região (e algumas nem são de lá) podem existir sem ocupar megalatifúndios.Estes estão sendo criados no Brasil, inventados em bases racistas importadas dos anglo-americanos, para servir os interesses da oligarquia mundial, depois de eles terem praticado genocídio em relação aos índios e depois de terem inventado esse esquema de reservas. Só que lá o território das reservas não está nem nas zonas super-ricas em minérios, nem ocupa centenas de milhões de hectares como as que estão obrigando governos entreguistas a instituir no Brasil.Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de "Globalização versus Desenvolvimento", editora Escrituras.
Postado por Alerta Total de Jorge Serrão
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