Em 2014, ano em que o Brasil sediará a Copa do Mundo de futebol, o país já poderá ter ultrapassado a Rússia, um dos maiores produtores de petróleo do planeta. A previsão é do consultor da Presidência da Petrobras, José Carlos Vidal, um dos palestrantes do seminário promovido pelo JB.
Baseando-se em dados de 2007, o especialista sublinhou que, graças à descoberta do pré-sal, as reservas provadas de petróleo do Brasil superarão os 79,4 bilhões de barris produzidos pelos russos no ano passado.
– Não sabemos precisar qual será a produção, mas aquilo ali é uma imensidão – vaticinou Vidal, sem, no entanto, arriscar uma estimativa.
Entre os quatro países integrantes do Bric, em 2007, o Brasil aparecia à frente apenas da Índia, com 12,7 bilhões de barris produzidos, contra os 5,5 dos indianos. A China é a segunda colocada com a produção de 15,5 milhões de barris.
O consultor da Petrobras enxerga potencial de cooperação do Brasil com os demais integrantes do Bric em, pelo menos, outras cinco esferas: produção de biocombustíveis, como etanol e biodiesel; eficiência energética no combate ao desperdício; exploração e produção de petróleo e gás natural em águas profundas; captura e estocagem de carbono; e na universalização do acesso à energia elétrica.
– A cooperação é o ingrediente para aumentar as possibilidades de crescimento sustentável, principalmente nas condições do fundamentalismo de mercado – assinalou Vidal. – É preciso adotar um paradigma de crescimento econômico diferente do modelo predador que nos conduziu à crise atual.
Parceria
Em visita ao Brasil, na semana passada, Medvedev visitou a Petrobras junto com empresários brasileiros e russos, com quem conversou sobre desenvolvimento de projetos conjuntos na área de energia. Está previsto, para início do ano que vem a abertura de um escritório da Gazprom, no Rio.
Também diretor da petrolífera estatal russa, Medvedev deixou claro que a empresa tem interesse em firmar parcerias com a Petrobras na exploração e produção de petróleo no Brasil - destacando o peso que o país terá futuramente no cenário energético mundial. Atualmente, o lucro da Gazprom ultrapassa o dobro do da petrolífera brasileira: são US$ 25,7 bilhões contra US$ 11,03 bilhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário