Presidente equatoriano diz que construtora cometeu fraude contra o país
O governo equatoriano anunciou no sábado que está preparando ações civis e penais contra a construtora brasileira Odebrecht. Em seu programa semanal de rádio e televisão, o presidente Rafael Correa disse que a empresa teria cometido fraudes contra o país. A Odebrecht informou ontem que não foi notificada oficialmente sobre as medidas. A empresa foi expulsa do Equador por Correa em setembro, acusada de irregularidades na construção da hidrelétrica de São Francisco.
Correa afirmou que as irregularidades serão demonstradas "nos respectivos juízos civis e penais que estão sendo formulados pela fraude que a Odebrecht causou no país". Ele disse, ainda, que a Odebrecht tentou enganar o Equador ao dizer que estava disposta a cumprir as exigências feitas pelo governo para continuar no país.
Segundo a construtora, por determinação do governo, a empresa está devolvendo os quatro contratos que operava no país, que somam US$650 milhões, para que sejam negociadas rescisões. De acordo com a Odebrecht, a empresa deixará o país assim que a negociação for concluída, mas ainda não há prazo para esta conclusão. Além da usina de São Francisco, a Odebrecht tinha contratos para duas hidrelétricas e um aeroporto regional. Uma fonte revelou que a saída da empresa do país levará à demissão de 3,8 mil funcionários equatorianos.
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