Crise com BNDES deve afetar vendas de país vizinho
BRASÍLIA. O presidente do Equador, Rafael Correa, revelou ontem que o país pode recorrer a outro fornecedor que não o Brasil para a compra de 24 aeronaves de combate e um avião para uso presidencial, segundo a agência de notícias AFP.
- Nós, pela integração regional, sempre tentamos privilegiar os mercados regionais, mas podemos comprar de outro país - disse Correa à AFP, antes de embarcar para uma cúpula da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) em Venezuela.
A ameaça de suspender a compra de aeronaves da Embraer é mais um capítulo do impasse entre Correa e o BNDES, que levou o Brasil a considerar a revisão dos projetos bilaterais com o Equador. A decisão deve frustrar o sonho de empresários equatorianos de venderem mais ao Brasil.
Está na lista de itens sujeitos à suspensão a adoção de um programa de substituição competitiva das importações, cujo fim seria diminuir barreiras tarifárias, técnicas e fitossanitárias que dificultam as vendas de produtos equatorianos para o Brasil, como bananas, têxteis, palmito, flores e pescados.
Com isso, a idéia de buscar mais equilíbrio na balança comercial entre os dois países fica postergada. O Brasil tem superávits significativos com os países da América do Sul. O Equador, por exemplo, amargou déficit de US$670,8 milhões entre janeiro e outubro deste ano, 40,6% acima do registrado no mesmo período de 2007.
Custo elevado do transporte é empecilho
Segundo técnicos do governo, o estreitamento do intercâmbio comercial entre os dois países passaria ainda pelo custo de transporte. Pesquisa da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) mostra que não há como transportar mercadorias por terra. O transporte marítimo é afetado pela baixa freqüência de navios e o tempo da viagem, que elevam o custo e inviabilizam a venda de mercadorias frescas. A freqüência de fretes aéreos também é muito baixa.
A suspensão do projeto do complexo de transporte multimodal Manta-Manaus, com financiamento do BNDES estimado em US$1 bilhão, é um balde de água fria nesta integração. O Brasil interrompeu as negociações do projeto logo após a expulsão da Odebrecht. (Eliane Oliveira, com agências internacionais)
BRASÍLIA. O presidente do Equador, Rafael Correa, revelou ontem que o país pode recorrer a outro fornecedor que não o Brasil para a compra de 24 aeronaves de combate e um avião para uso presidencial, segundo a agência de notícias AFP.
- Nós, pela integração regional, sempre tentamos privilegiar os mercados regionais, mas podemos comprar de outro país - disse Correa à AFP, antes de embarcar para uma cúpula da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) em Venezuela.
A ameaça de suspender a compra de aeronaves da Embraer é mais um capítulo do impasse entre Correa e o BNDES, que levou o Brasil a considerar a revisão dos projetos bilaterais com o Equador. A decisão deve frustrar o sonho de empresários equatorianos de venderem mais ao Brasil.
Está na lista de itens sujeitos à suspensão a adoção de um programa de substituição competitiva das importações, cujo fim seria diminuir barreiras tarifárias, técnicas e fitossanitárias que dificultam as vendas de produtos equatorianos para o Brasil, como bananas, têxteis, palmito, flores e pescados.
Com isso, a idéia de buscar mais equilíbrio na balança comercial entre os dois países fica postergada. O Brasil tem superávits significativos com os países da América do Sul. O Equador, por exemplo, amargou déficit de US$670,8 milhões entre janeiro e outubro deste ano, 40,6% acima do registrado no mesmo período de 2007.
Custo elevado do transporte é empecilho
Segundo técnicos do governo, o estreitamento do intercâmbio comercial entre os dois países passaria ainda pelo custo de transporte. Pesquisa da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) mostra que não há como transportar mercadorias por terra. O transporte marítimo é afetado pela baixa freqüência de navios e o tempo da viagem, que elevam o custo e inviabilizam a venda de mercadorias frescas. A freqüência de fretes aéreos também é muito baixa.
A suspensão do projeto do complexo de transporte multimodal Manta-Manaus, com financiamento do BNDES estimado em US$1 bilhão, é um balde de água fria nesta integração. O Brasil interrompeu as negociações do projeto logo após a expulsão da Odebrecht. (Eliane Oliveira, com agências internacionais)
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