terça-feira, 25 de novembro de 2008

Presidente prometeu analisar cobrança "ilegal" com cuidado

O presidente do Equador, Rafael Correa, se comprometeu a agir com responsabilidade em sua iniciativa contra a dívida "ilegal" que seu governo ameaça não pagar.

– Não vamos dar um salto no vazio, devemos ser sensatos – disse Correa. – Vamos buscar todos os mecanismos para repudiar esta dívida ilegítima e corrupta.

Na semana passada, uma comissão de auditoria do governo afirmou que a maior parte da dívida externa do país, de US$ 10 bilhões, havia sido contraída ilegalmente por membros de governos passados confabulados com detentores de bônus ou pressionados por grupos multilaterais.

O Equador, que é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), avalia os prejuízos causados à sua economia devido à queda do preço do petróleo no mercado internacional. Ainda assim, o país ainda não interrompeu o pagamento do empréstimo de US$ 320 milhões e Correa disse que vai aguardar determinação judicial.

Correa não ameaça deixar de pagar somente o BNDES. Em meados de novembro, o presidente do Equador ameaçou deixar de honrar pagamentos referentes ao bônus global 2012, o que representa cerca de US$ 31 milhões. Segundo Correa, a decisão pelo pagamento ficou adiada para 15 de dezembro e, até lá, haverá decisão por abrir "uma batalha judicial" contra o que foi chamado "um verdadeiro assalto contra o país".

No passado, Correa já moderou o tom de seu discurso em temas importantes para sair fortalecido em sua agressiva estratégia de negociação para conseguir mais benefícios junto a investidores estrangeiros.

De acordo com analistas, Correa poderá optar por impulsionar as demandas internacionais enquanto continua pagando a dívida "ilegal" para evitar o fim de fontes-chave de financiamento, enquanto o país enfrenta o aumento da crise global.


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