A probabilidade de conflitos sangrentos em Roraima é a mesma história que aqui se reproduz há 500 anos
A probabilidade de conflitos sangrentos em Roraima entre indígenas e, de outra parte, cinco grandes arrozeiros, empregados seus e 21 famílias de pequenos agricultores, motivados pela ocupação de terras a ser julgada hoje pelo Supremo Tribunal Federal, é a mesma e ininterrupta história que aqui se reproduz há 500 anos, 186 de país livre para construir sua identidade, 119 anos de República para instalar Ordem e Progresso. É quase inacreditável que todo esse passado de séculos ainda esteja tão presente, jamais confrontado por um propósito verdadeiro e nacional de dar aos indígenas o respeito por sua condição humana.
Das 258 famílias que concordaram em deixar a área oficializada como reserva indígena Raposa/Serra do Sol, o governo falta indenizar perto de 50. A expectativa, porém, é que estes e outros ainda remanescentes na área não se envolvam nas reações previstas, qualquer que seja a decisão do STF. Dadas as providências preventivas, enfrentamentos mais preocupantes para o futuro próximo do que em reação imediata ao julgamento, segundo deduções da Polícia Federal a respeito dos grandes arrozeiros e vários pequenos agricultores.
Deixar, portanto, o futuro próximo entregue aos cuidados do governo de Roraima, de notória parcialidade em favor dos grandes arrozeiros, será uma temeridade do governo Lula. Tanto mais que os comandos locais do Exército opõem-se à reserva como definida no governo Fernando Henrique e homologada no atual, em 2005.
A probabilidade de conflitos sangrentos em Roraima entre indígenas e, de outra parte, cinco grandes arrozeiros, empregados seus e 21 famílias de pequenos agricultores, motivados pela ocupação de terras a ser julgada hoje pelo Supremo Tribunal Federal, é a mesma e ininterrupta história que aqui se reproduz há 500 anos, 186 de país livre para construir sua identidade, 119 anos de República para instalar Ordem e Progresso. É quase inacreditável que todo esse passado de séculos ainda esteja tão presente, jamais confrontado por um propósito verdadeiro e nacional de dar aos indígenas o respeito por sua condição humana.
Das 258 famílias que concordaram em deixar a área oficializada como reserva indígena Raposa/Serra do Sol, o governo falta indenizar perto de 50. A expectativa, porém, é que estes e outros ainda remanescentes na área não se envolvam nas reações previstas, qualquer que seja a decisão do STF. Dadas as providências preventivas, enfrentamentos mais preocupantes para o futuro próximo do que em reação imediata ao julgamento, segundo deduções da Polícia Federal a respeito dos grandes arrozeiros e vários pequenos agricultores.
Deixar, portanto, o futuro próximo entregue aos cuidados do governo de Roraima, de notória parcialidade em favor dos grandes arrozeiros, será uma temeridade do governo Lula. Tanto mais que os comandos locais do Exército opõem-se à reserva como definida no governo Fernando Henrique e homologada no atual, em 2005.
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