BRASÍLIA - A descoberta de petróleo na camada pré-sal expôs a fragilidade brasileira na defesa do mar territorial e o governo reconheceu nesta terça-feira que as Forças Armadas não têm como garantir totalmente a soberania das águas brasileiras.
- Sem sombra de dúvidas, precisamos aumentar a capacidade da Marinha em toda essa região - disse o almirante Julio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha, referindo-se à chamada Amazônia Azul, o espaço marítimo brasileiro, que tem 4,5 milhões de quilômetros quadrados. - Eu diria hoje que nós não temos capacidade de atender a todas as nossas tarefas - acrescentou.
O comandante ressaltou que o governo está ciente da importância de levar adiante o programa de reaparelhamento das Forças Armadas. Um dos objetivos da Marinha é construir um submarino nuclear para garantir ao Brasil poder dissuasivo.
Apesar do alerta, Moura Neto negou que a reativação da Quarta Frota anunciada pelos Estados Unidos represente um risco para o país. Para o almirante, a medida não gerará, em hipótese alguma, atritos nas relações bilaterais com os EUA.
- O Comando Sul dos EUA, que tem como responsabilidade a área da América do Sul e Central, sempre foi apoiado por uma frota americana. Antigamente, era a Segunda Frota. Agora, é a Quarta. Não há nenhuma mudança estrutural, apenas mudanças administrativas dentro da Marinha americana - afirmou.
Moura Neto disse ainda não acreditar que os americanos foram motivados pelas descobertas de petróleo anunciadas recentemente pelo Brasil. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a levantar essa suspeita. - Não há relevância no contexto - assegurou.
As declarações do comandante da Marinha foram feitas depois de cerimônia de promoção de oficiais, no Palácio do Planalto. Na ocasião, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que a Amazônia está protegida.
- Não há motivos para temer nenhuma ameaça à Amazônia. Nossos soldados estão prontos para defendê-la - discursou. - Apesar de algumas deficiências logísticas, todos os objetivos estão sendo conquistados - garantiu.
Jobim voltou a comentar o Plano Estratégico de Defesa Nacional, que entregará ao presidente Lula no mês que vem. Segundo o ministro, o programa garantirá o aparelhamento das Forças Armadas e fortalecerá a indústria bélica nacional. - Não podemos continuar na dependência quase completa do material importado - frisou.
Os comandantes militares consideraram encerrada a polêmica em torno da revisão da Lei de Anistia, com a exclusão dos torturadores. A hipótese foi levantada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, com o argumento de que tortura não é crime político.
- O assunto está encerrado. O presidente falou, o ministro comentou, então está encerrado - disse o comandante do Exército, general Enzo Peri, referindo-se à determinação de Lula de que o assunto fique restrito ao Judiciário.
- Sem sombra de dúvidas, precisamos aumentar a capacidade da Marinha em toda essa região - disse o almirante Julio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha, referindo-se à chamada Amazônia Azul, o espaço marítimo brasileiro, que tem 4,5 milhões de quilômetros quadrados. - Eu diria hoje que nós não temos capacidade de atender a todas as nossas tarefas - acrescentou.
O comandante ressaltou que o governo está ciente da importância de levar adiante o programa de reaparelhamento das Forças Armadas. Um dos objetivos da Marinha é construir um submarino nuclear para garantir ao Brasil poder dissuasivo.
Apesar do alerta, Moura Neto negou que a reativação da Quarta Frota anunciada pelos Estados Unidos represente um risco para o país. Para o almirante, a medida não gerará, em hipótese alguma, atritos nas relações bilaterais com os EUA.
- O Comando Sul dos EUA, que tem como responsabilidade a área da América do Sul e Central, sempre foi apoiado por uma frota americana. Antigamente, era a Segunda Frota. Agora, é a Quarta. Não há nenhuma mudança estrutural, apenas mudanças administrativas dentro da Marinha americana - afirmou.
Moura Neto disse ainda não acreditar que os americanos foram motivados pelas descobertas de petróleo anunciadas recentemente pelo Brasil. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a levantar essa suspeita. - Não há relevância no contexto - assegurou.
As declarações do comandante da Marinha foram feitas depois de cerimônia de promoção de oficiais, no Palácio do Planalto. Na ocasião, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que a Amazônia está protegida.
- Não há motivos para temer nenhuma ameaça à Amazônia. Nossos soldados estão prontos para defendê-la - discursou. - Apesar de algumas deficiências logísticas, todos os objetivos estão sendo conquistados - garantiu.
Jobim voltou a comentar o Plano Estratégico de Defesa Nacional, que entregará ao presidente Lula no mês que vem. Segundo o ministro, o programa garantirá o aparelhamento das Forças Armadas e fortalecerá a indústria bélica nacional. - Não podemos continuar na dependência quase completa do material importado - frisou.
Os comandantes militares consideraram encerrada a polêmica em torno da revisão da Lei de Anistia, com a exclusão dos torturadores. A hipótese foi levantada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, com o argumento de que tortura não é crime político.
- O assunto está encerrado. O presidente falou, o ministro comentou, então está encerrado - disse o comandante do Exército, general Enzo Peri, referindo-se à determinação de Lula de que o assunto fique restrito ao Judiciário.
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