A demarcação de 3 milhões de hectares em 26 municípios de Mato Grosso do Sul causará grande impacto econômico e social e quebra de 30% na produção de grãos. Além disto, segundo o presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB), o início dos trabalhos para identificar as propriedades passíveis de expropriação poderá causar graves conflitos. Mato Grosso do Sul terá um grande impacto negativo com a destinação de 3 milhões de hectares aos índios. Domingos destacou que haverá redução na atividade pecuária, agropecuária e industrial, sem considerar a retração na implantação de novas usinas de açúcar e álcool. Ele manifestou preocupação com o risco de graves conflitos. Fazendeiros da região sul do Estado estariam se armando para defender suas propriedades e índios estariam planejando ocupar as áreas passíveis de demarcação. Na reunião em Brasília, realizada como presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, os deputados estaduais e o governador, acompanhados da bancada federal, alertaram para o risco de graves conflitos no campo. Jerson Domingos explicou ainda que o levantamenbto vem sendo feito de forma unilateral pela Fundação Nacional do Índio (Funai), sem a participação dos poderes Executivo e Legislativo e dos produtores rurais. Ele defendeu a realização de levantamento com critérios científicos e não ideológicos. Apesar do trabalho atingir 3 milhões de hectares, 10% do território estadual, o presidente do legislativo lembrou que o governador não foi comunicado do fato pela Funai. Domingos defendeu a suspensão dos trabalhos dos seis grupos criados pela Funai até o julgamento do caso pelo Supremo. Ele ainda antecipou que a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) ingressará com ação cautelar para suspender as seis portarias da Funai, que criaram os grupos de trabalho para identificar as áreas indígenas.
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