terça-feira, 12 de agosto de 2008

Exercício militar na fronteira com Venezuela



CARACARAÍ (RR). As Forças Armadas concluíram ontem exercício militar em Roraima, estado que faz fronteira com a Venezuela, numa tentativa de demonstrar que estão prontas para repelir qualquer tentativa de invasão do território brasileiro. O exercício, que envolveu o uso de jatos Mirage, blindados e de unidades especiais de pára-quedistas, foi montado para impedir o avanço de forças militares de um país fictício, utilizando a BR-174, que liga Manaus à Venezuela.
A Operação Poraquê custou cerca de R$10 milhões e é o oitavo exercício militar conjunto do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em defesa da Região Amazônica, desde 2002.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes militares assistiram às manobras. A escolha do cerrado de Roraima para o exercício está relacionada com as preocupações dos militares brasileiros diante do anúncio do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de que vai reaparelhar suas Forças Armadas. O comandante Militar da Amazônia, general Augusto Heleno, disse que o Brasil precisa investir em logística, garantindo a rápida locomoção de suas tropas.
- Nós precisamos projetar poder. Não adianta aumentar efetivos. Temos que ter condições de operação com agilidade onde for necessária a presença militar - disse Heleno.
Após o exercício militar, Jobim informou que em 60 dias serão anunciados os locais dos novos pelotões de fronteira em reservas indígenas. Ele explicou que as unidades serão instaladas mesmo contra a vontade de ONGs ligadas aos índios, pois é decisão presidencial.
- O governo já decidiu que vai instalar novos pelotões de fronteira em terras indígenas. Podem protestar - disse.

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