Por Jorge Serrão
Uma provável retaliação política alimenta ainda mais a crise militar em crescimento no desgoverno Lula. Os protestos já pipocam em Roraima, porque o comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, General Eliéser Girão Monteiro Filho, acabou transferido para Brasília. Foi o comandante que, meses atrás, recebeu em seu quartel alguns arrozeiros contrários a demarcação da área indígena Raposa/Serra do Sol em área contínua, acompanhados do deputado federal Márcio Junqueira (DEM).A transferência do General é mais um ingrediente para esquentar o clima de revolta em Roraima, enquanto o Supremo Tribunal Federal não julga o caso Raposa do Sol. Ontem, antes de embarcar para a Olimpíada na China, o chefão Lula criou mais uma facilidade para a entrega da Amazônia ao capital internacional que compra terras na região. O presidente converteu em Lei a medida provisória que ampliou de 500 para 1.500 hectares o limite das áreas na Amazônia Legal que podem ser vendidas a seus ocupantes sem licitação.Os protestos contra o desgoverno vão se intensificar. No dia 11 de agosto, produtores rurais de várias partes do País seguem de carro até lá, partindo de Mato Grosso. Eles promovem a Marcha rumo a Roraima com o slogan: "Acorda Brasil! A Amazônia é nossa”. No dia 14, fazem manifestações em Manaus. No dia seguinte, a caravana protesta em viagem para Boa Vista. No sábado, dia 16, promovem um grande encontro em Pacaraima. Todos contra a demarcação contínua da reserva Raposa do Sol.
Entregando a Amazônia
Lula vetou um artigo que condicionava a regularização das propriedades ao zoneamento ecológico-econômico dos Estados, com regras para a ocupação do território na Amazônia.Na justificativa do veto, o chefão alegou que a exigência do zoneamento poderia limitar a regularização fundiária a uma pequena parcela (7,5%) da Amazônia Legal.O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária informa que 420 mil quilômetros quadrados do território da Amazônia (8,4%) são terras públicas ocupadas irregularmente por posseiros.Liga dos bandoleirosOntem no Senado discutia-se a formação de "reservas em terras contínuas" como um atentado à soberania nacional.Repercutiu a d denúncia de que membros da "Liga dos camponeses pobres" já comandam uma estrada que atravessa todo o estado de Rondonia, pela mata.Os bandidos ideologizados cobram pedágio e favorecem os caminhoneiros que transportam madeira retirada de terras indígenas.A estrada também é utilizada para o narcotráfico.
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