Seis equipes de pesquisadores vão dar início à identificação de áreas indígenas.Funai admite possibilidade de conflito na região.
Índios guarany kaiwá participaram de um evento que marcou o início dos trabalhos de demarcação de reservas no sul de Mato Grosso do Sul. Segundo reportagem da Agência Brasil, na comemoração, realizada na sexta-feira (1º) na aldeia do Sassoró, em Tacuru, os índios receberam equipes de pesquisadores contratadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai) com danças e rituais.
Os pesquisadores devem identificar áreas de 26 cidades do estado que eram ou ainda são tradicionalmente ocupadas por indígenas. Representantes das 38 aldeias e 18 acampamentos, cujos habitantes reivindicam a posse de territórios hoje ocupados por propriedades rurais, também tiraram suas dúvidas sobre os trabalhos de demarcação com a administradora-executiva da Funai de Dourados, Margarida Nicoletti, e com o procurador da República da região, Marco Antônio Delfino de Almeida, que estiveram no encontro. “É a primeira vez que a gente consegue amarrar uma conversa sobre o TAC [Termo de Ajustamento de Conduta, firmado entre Procuradoria da República e Funai prevendo a demarcação]”, disse Anastácio Peralta, membro da Comissão Nacional de Política Indigenista e Direito Indígena.
Preocupação
O trabalho dos seis grupos de pesquisadores deve começar oficialmente em 10 de agosto. O relatório elaborado por eles deve ser encaminhado ao Ministério da Justiça.
Apesar das comemorações dos índios, há a preocupação da demarcação de terras indígenas no sul de Mato Grosso do Sul causar conflitos. Para Claudionor do Carmo Miranda, administrador-executivo da Funai de Campo Grande, existe a possibilidade de confronto, já que fazendeiros não concordam com o trabalho. “Corre-se o risco de chegarmos a este ponto”, disse ele, comparando a situação do estado com a de Roraima, onde se discute a manutenção da demarcação contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol e a retirada de não-índios da região. “Isso não seria bom para nós [Funai], o estado, nem para a população.”
Os pesquisadores devem identificar áreas de 26 cidades do estado que eram ou ainda são tradicionalmente ocupadas por indígenas. Representantes das 38 aldeias e 18 acampamentos, cujos habitantes reivindicam a posse de territórios hoje ocupados por propriedades rurais, também tiraram suas dúvidas sobre os trabalhos de demarcação com a administradora-executiva da Funai de Dourados, Margarida Nicoletti, e com o procurador da República da região, Marco Antônio Delfino de Almeida, que estiveram no encontro. “É a primeira vez que a gente consegue amarrar uma conversa sobre o TAC [Termo de Ajustamento de Conduta, firmado entre Procuradoria da República e Funai prevendo a demarcação]”, disse Anastácio Peralta, membro da Comissão Nacional de Política Indigenista e Direito Indígena.
Preocupação
O trabalho dos seis grupos de pesquisadores deve começar oficialmente em 10 de agosto. O relatório elaborado por eles deve ser encaminhado ao Ministério da Justiça.
Apesar das comemorações dos índios, há a preocupação da demarcação de terras indígenas no sul de Mato Grosso do Sul causar conflitos. Para Claudionor do Carmo Miranda, administrador-executivo da Funai de Campo Grande, existe a possibilidade de confronto, já que fazendeiros não concordam com o trabalho. “Corre-se o risco de chegarmos a este ponto”, disse ele, comparando a situação do estado com a de Roraima, onde se discute a manutenção da demarcação contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol e a retirada de não-índios da região. “Isso não seria bom para nós [Funai], o estado, nem para a população.”
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