AMAZÔNIA - O novo plano de atuação militar na região de fronteira da Amazônia, que está sendo elaborado pelo Ministério da Defesa, será entregue em 60 dias, segundo anunciou, ontem (11), o Ministro da Defesa, Neslson Jobim, durante a operação Poraquê, no aeródromo do município de Caracaraí, em Roraima. As informações são do Diário do Amazonas.O plano prevê a criação de postos das Forças Armadas em regiões da Amazônia que fazem fronteira com outros países, como a Colômbia e o Peru, incluindo as reservas indígenas. Jobim disse que a previsão é que os postos militares começem a ser implantados, ainda neste ano. Jobim participou, na manhã de ontem, de simulações de invasão na Amazônia, ataque e abastecimento de tropas realizado em Caracaraí na operação ‘Poraquê, que começou no dia 4 de agosto e terminará no dia 15, compreende uma série de simulações de conflitos armados na Amazônia.De acordo com Jobim, a principal dificuldade do Exército brasileiro é a falta de infra-estrutura. De acordo com ele, é preciso mais investimento nas Forças Armadas, principalmente, na proteção da Amazônia. Novos postosO ministro informou que, além da implantação dos postos, o novo estudo irá considerar ainda, melhorias na logística atual das forças armadas. “Temos os melhores soldados de selva e o que precisamos agora é melhorar as condições dos nosso equipamentos”, disse.Segundo o ministro, as comunidades indígenas, que habitam grande parte das regiões de fronteiras da Amazônia, terão que se adaptar à presença dos novos postos no locais. “O governo decidiu que irá instalar postos do Exército nas fronteiras. As comunidades podem protestar à vontade, mas nós vamos instalar”, afirmou.'Amazônia não corre risco de ataques'
De acordo com o ministro Nelson Jobim, não existe risco de a região sofrer ataques armados. “Mostrar que se tem condições de defesa não significa ameaça, significa apenas que temos condições para qualquer situação”, explicou o ministro. Para o comandante do Comando Militar da Amazônia, (CMA), general Augusto Heleno Pereira, a operação serviu como aprendizado para os militares. “Todo o efetivo que participou da operação teve que se adequar ao clima e às condições da região e é assim que o Exército precisa trabalhar”, disse.Fotos: Marcello Casal Jr e Antônio Cruz/ABr
Fonte: Diário do Amazonas - A.L
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