Depois de assistir a saltos de pára-quedistas e ataques a alvos terrestres, durante a Operação Militar Combinada Poraquê, o ministro da Justiça, Nelson Jobim, anunciou a instalação de unidades militares em áreas indígenas na região amazônica, atendendo ao decreto assinado em julho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Podem protestar à vontade, mas eles (os postos militares) serão instalados", advertiu Jobim. O decreto de Lula, no entanto, não foi recebido pelos militares como uma decisão que vá beneficiá-los. Eles viram a decisão como mais uma manobra do ministro da Justiça, Tarso Genro, para manter a demarcação das áreas indígenas como estão hoje, principalmente a Raposa Serra do Sol, que pode ser julgada no plenário do Supremo (STF) possivelmente ainda este mês. Os militares defendem a demarcação em ilhas e não de forma contínua, como é hoje. E insistem que, no caso de Raposa Serra do Sol, esta demarcação contínua será prejudicial ao Estado de Roraima. Na avaliação de militares, ao convencer Lula a assinar o decreto permitindo a construção de quartéis em áreas indígenas, Tarso teria um argumento junto ao Supremo para assegurar a demarcação em terra contínua.
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