Para espanto de nossos formadores de opinião, o Brasil foi chamado de "gigante socialista" pelo repórter MacMargolis, na última edição da revista "Newsweek". "Carinhosamente, com naturalidade, sem críticas ou julgamentos", observa Patrícia Carlos de Andrade, do Instituto Millenium, em artigo da sexta-feira no "GLOBO". "O gigante socialista é o resultado de décadas de trabalho de intelectuais, políticos, comunicadores, professores e religiosos... forjando opiniões em escolas, universidades, igrejas, jornais, revistas, programas de rádio e de televisão", alerta a economista com curso de Ph.D. em economia na Universidade da Pensilvânia.
Esse tipo de advertência já fora formulado por Keynes, em sua então revolucionária "Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda" (1936): "As idéias dos economistas e dos filósofos políticos, certas ou erradas, têm mais importância do que geralmente se pensa. Na realidade, o mundo é governado quase exclusivamente por elas. Homens de ação que se julgam livres de qualquer influência intelectual são em geral escravos de algum defunto economista. Autoridades insanas, que ouvem vozes no ar, destilam suas utopias inspiradas em descuidados escritos de anos atrás. No domínio da filosofia econômica e política, as idéias que funcionários públicos, políticos e mesmo agitadores aplicam aos acontecimentos atuais têm pouca probabilidade de serem as mais recentes."
Para um de meus acadêmicos prediletos, Paul Samuelson, Prêmio Nobel de Economia em 1970, "do ponto de vista puramente teórico, Karl Marx é um pós-ricardiano menor". Construiu o enorme edifício da exploração dos trabalhadores sobre os alicerces estreitos e pantanosos da teoria do valor-trabalho. Mas, como autor do materialismo dialético e da teoria política da luta de classes, sensível ao ranger impessoal das engrenagens capitalistas, teve uma influência extraordinária sobre a história das idéias. Transcendendo a esfera econômica, teve mais influência que os mais influentes economistas, o brilhante Keynes inclusive.
Os socialistas russos e os comunistas chineses já descobriram que as economias de mercado são os mais poderosos mecanismos de enriquecimento material e de inclusão social. Sem os entraves econômicos metabolizados pelo processamento da ideologia socialista nas modernas democracias liberais, o capitalismo eurasiano é singularmente feroz na arena competitiva da globalização, pela ausência dos custos das redes de proteção social construídas no Ocidente. Ainda sob o controle de governos autoritários, os gigantes socialistas eurasianos perpetram a invasão econômica do "gigante socialista" tropical, atordoado por juros altos, câmbio baixo, impostos excessivos, além dos encargos sociais e trabalhistas extraordinariamente elevados
Esse tipo de advertência já fora formulado por Keynes, em sua então revolucionária "Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda" (1936): "As idéias dos economistas e dos filósofos políticos, certas ou erradas, têm mais importância do que geralmente se pensa. Na realidade, o mundo é governado quase exclusivamente por elas. Homens de ação que se julgam livres de qualquer influência intelectual são em geral escravos de algum defunto economista. Autoridades insanas, que ouvem vozes no ar, destilam suas utopias inspiradas em descuidados escritos de anos atrás. No domínio da filosofia econômica e política, as idéias que funcionários públicos, políticos e mesmo agitadores aplicam aos acontecimentos atuais têm pouca probabilidade de serem as mais recentes."
Para um de meus acadêmicos prediletos, Paul Samuelson, Prêmio Nobel de Economia em 1970, "do ponto de vista puramente teórico, Karl Marx é um pós-ricardiano menor". Construiu o enorme edifício da exploração dos trabalhadores sobre os alicerces estreitos e pantanosos da teoria do valor-trabalho. Mas, como autor do materialismo dialético e da teoria política da luta de classes, sensível ao ranger impessoal das engrenagens capitalistas, teve uma influência extraordinária sobre a história das idéias. Transcendendo a esfera econômica, teve mais influência que os mais influentes economistas, o brilhante Keynes inclusive.
Os socialistas russos e os comunistas chineses já descobriram que as economias de mercado são os mais poderosos mecanismos de enriquecimento material e de inclusão social. Sem os entraves econômicos metabolizados pelo processamento da ideologia socialista nas modernas democracias liberais, o capitalismo eurasiano é singularmente feroz na arena competitiva da globalização, pela ausência dos custos das redes de proteção social construídas no Ocidente. Ainda sob o controle de governos autoritários, os gigantes socialistas eurasianos perpetram a invasão econômica do "gigante socialista" tropical, atordoado por juros altos, câmbio baixo, impostos excessivos, além dos encargos sociais e trabalhistas extraordinariamente elevados
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